Brasília - Comunidades indígenas receberão até o fim deste mês unidades móveis para assistência odontológica. Vinte e cinco vans equipadas para atendimento odontológico foram adquiridas pelo Ministério da Saúde ao custo de R$ 3,8 bilhões e farão esse tipo de serviço em 15 regiões onde existem aldeias indígenas. São áreas às quais é possível ter acesso por terra, espalhadas por 23 unidades da Federação. Juntas, elas abrigam cerca de 390 mil índios.
Foto: Reprodução
Nesta sexta-feira 13, os dois primeiros veículos partiram de Tatuí (SP), onde são fabricados, em direção ao município de Barra do Garças, em Mato Grosso, próximo à comunidades Xavante. As outras vans seguirão viagem a partir de segunda-feira
Segundo o secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Antônio Alves de Souza, o sistema de unidades móveis levará os profissionais da saúde até os pacientes, possibilitando o tratamento in loco. “A vantagem é que a equipe fica o tempo que for necessário, tratando todos os problemas daquela comunidade”, disse Souza.
Atualmente, o índio que precisa de tratamento dentário ou de qualquer outro atendimento de saúde tem de se deslocar até os polos-base, que são postos de assistência instalados nas proximidades das aldeias. Como existem apenas 50 polos-base no Brasil, número insuficiente para o atendimento dos índios, a saída é procurar o sistema de saúde pública dos municípios.
Antônio Souza diz que os problemas bucais das comunidades indígenas são os mesmos encontrados nos consultórios dentários das grandes cidades: cárie, má formação e gengivite, entre outros. A diferença é que, como em algumas aldeias não há consumo de açúcar, carnes vermelhas e carboidratos, as condições de saúde deles podem ser melhores do que as da população das cidades, em geral.
Além disso, ressalta o secretário, o hábito de escovar os dentes ainda não foi introduzido em todas as comunidades. “Em algumas, os índios mascam folhas ou raízes.”
Para Cleber Buzatto, secretário executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a adoção de unidades odontológicas móveis para atendimento aos índios é uma medida positiva, mas pontual. “É uma ação que responde a uma pequena demanda nas comunidades. Tem havido uma série de manifestações dos povos indígenas denunciando a absoluta falta de estrutura”, diz Buzatto.
Segundo ele, faltam equipes, meios de transporte, remédios e equipamentos. Buzatto destaca que uma das principais dificuldades é a falta de profissionais. “Em algumas regiões, não existem equipes para revezamento. Quando uma sai para descansar, não há outra que substitua”, diz.
O secretário do Cimi defende a realização de concursos públicos para que sejam contratados funcionários com formação adequada e disponibilidade para dedicação exclusiva às aldeias. “É preciso que se avance no sentido de implementar a saúde indígena no SUS [Sistema Único de Saúde]", informa Buzatto, lembrando que a saída adotada tem sido a terceirização.
As informações são da Agência Brasil
Nesta sexta-feira 13, os dois primeiros veículos partiram de Tatuí (SP), onde são fabricados, em direção ao município de Barra do Garças, em Mato Grosso, próximo à comunidades Xavante. As outras vans seguirão viagem a partir de segunda-feira
Segundo o secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Antônio Alves de Souza, o sistema de unidades móveis levará os profissionais da saúde até os pacientes, possibilitando o tratamento in loco. “A vantagem é que a equipe fica o tempo que for necessário, tratando todos os problemas daquela comunidade”, disse Souza.
Atualmente, o índio que precisa de tratamento dentário ou de qualquer outro atendimento de saúde tem de se deslocar até os polos-base, que são postos de assistência instalados nas proximidades das aldeias. Como existem apenas 50 polos-base no Brasil, número insuficiente para o atendimento dos índios, a saída é procurar o sistema de saúde pública dos municípios.
Antônio Souza diz que os problemas bucais das comunidades indígenas são os mesmos encontrados nos consultórios dentários das grandes cidades: cárie, má formação e gengivite, entre outros. A diferença é que, como em algumas aldeias não há consumo de açúcar, carnes vermelhas e carboidratos, as condições de saúde deles podem ser melhores do que as da população das cidades, em geral.
Além disso, ressalta o secretário, o hábito de escovar os dentes ainda não foi introduzido em todas as comunidades. “Em algumas, os índios mascam folhas ou raízes.”
Para Cleber Buzatto, secretário executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a adoção de unidades odontológicas móveis para atendimento aos índios é uma medida positiva, mas pontual. “É uma ação que responde a uma pequena demanda nas comunidades. Tem havido uma série de manifestações dos povos indígenas denunciando a absoluta falta de estrutura”, diz Buzatto.
Segundo ele, faltam equipes, meios de transporte, remédios e equipamentos. Buzatto destaca que uma das principais dificuldades é a falta de profissionais. “Em algumas regiões, não existem equipes para revezamento. Quando uma sai para descansar, não há outra que substitua”, diz.
O secretário do Cimi defende a realização de concursos públicos para que sejam contratados funcionários com formação adequada e disponibilidade para dedicação exclusiva às aldeias. “É preciso que se avance no sentido de implementar a saúde indígena no SUS [Sistema Único de Saúde]", informa Buzatto, lembrando que a saída adotada tem sido a terceirização.
As informações são da Agência Brasil
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