quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Conservatório de Tatuí apresenta projeto "Música Orquestral Alemã”

Dois concertos serão realizados em dezembro, com direção musical do maestro Felix Krieger e a participação da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí

Foto: Kazuo Watanabe/Conservatório de Tatuí


O Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos promove o projeto “Música Orquestral Alemã”. Realizado em duas etapas de apresentações, a primeira fase do projeto acontece em dezembro, nas cidades de Tatuí e Ourinhos, e conta com a participação da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí, sob a batuta do maestro Félix Krieger.


Os concertos acontecem no dia 17 de dezembro, às 20h30, no Teatro Procópio Ferreira, em Tatuí, e no dia 18, às 11h, no Teatro Municipal Miguel Cury, na cidade de Ourinhos. Os concertos terão entrada franca. No mês de março de 2012, o projeto entra na segunda etapa, com apresentações ainda não definidas.

O programa visa realizar um panorama histórico sobre o desenvolvimento da música orquestral alemã, do barroco ao período moderno, apresentando sete diferentes programas, em treze concertos, sobre o desenvolvimento da música orquestral alemã ao longo de mais de 250 anos.

“Música é uma linguagem e deve ser aberta para todos como única forma de falar diretamente no coração das pessoas de todo o mundo. Ela pode ser entendida em todos os continentes. Esta experiência é um sonho e um desejo, por isso espero que, após os concertos, o público leve algo especial a partir do mundo dos sons”, comentou o maestro Krieger.

O regente escolheu as obras Sinfonia nº 102 de Haydn e a Sinfonia nº 3 “Eroica” de Beethoven. “Haydn é considerado o pai criador da composição sinfônica. Beethoven, por sua vez, estudou com Haydn e trouxe a composição sinfônica para um nível de perfeição - tanto de forma quanto de expressão – difícil de ser alcançado novamente”, explicou o maestro Krieger. “A ‘Eroica’ de Beethoven representou uma revolução para a escrita da música orquestral e acabou por ser um paradigma de composição sinfônica. Em todos os outros programas, iremos mostrar as linhas do desenvolvimento musical, inspirações e influências”, completou.

Além da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí, a formação do grupo conta com a participação de músicos monitores da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) e alunos da instituição tatuiana, selecionados em testes no final do mês de novembro. “A orquestra do Conservatório de Tatuí adota o maravilhoso conceito de conectar professores e alunos para integrar os estudantes ao mundo profissional. Vamos todos aprender uns com os outros, com diferentes experiências e diálogos, criando novas inspirações e um tipo de energia muito especial”, analisou Krieger.

O projeto “Música Orquestral Alemã” é apoiado pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), com patrocínio da Mercedes-Benz, Hamburg Süd e Allianz. Possui também o apoio da Prefeitura de Ourinhos e a promoção do Instituto Goethe.

Os interessados em terem mais informações sobre o projeto “Música Orquestral Alemã” podem acessar o sitewww.musicaorquestralalema.com.br.

Felix Krieger
Nascido em Freiburg (Alemanha), é o diretor artístico do “Berliner Ortsgruppe”, que realiza apresentações de ópera. Depois do sucesso da estreia alemã e demais apresentações de “Oberto, Conte di San Bonifacio” (de Verdi), dirigiu a estreia de “Maria di Roahn” (de Donizetti), neste mês de maio, no “Radialsystem V”, em Berlim.

Felix Krieger iniciou na música estudando viola e piano ainda na infância. Posteriormente, em 1988, iniciou estudos de piano na Universidade de Música de Freiburg, antes de transferir-se para a Universidade de Música em Hamburgo – onde teve aulas com Klauspeter Seibel. Ainda como aluno regeu várias produções de ópera no Forum Junges Muiktheater Hamburg. Vencedor do Concurso para Jovens Regentes Europeus, completou seus estudos de regência com Carlo Maria Giulini, na Scuola di Musica di Fiesole, entre 1999 e 2001. Foi também bolsista da “Oskar and Vera Ritt er Sti ft ung” e da “Richard Wagner Verband”.

Depois de atuar como assistente no concerto de Ano Novo da Filarmônica de Berlim (1995) foi contratado pelo maestro Claudio Abbado para atuar como seu assistente no mesmo grupo de 1996 a 1998. Também atuou como assistente de Claudio Abbado nas produções “Wozzeck” (Festi val de Salzburg em 1997) e “Falstaff ” (no Staatsoper Unter den Linden Berlin, em 1998).

De 2000 a 2003 foi diretor da Ópera de Bielefeld, dirigindo produções próprias de“Werthér e Coppélia”, assim como várias outras apresentações de “Così fan tutt e”, “The Magic Flute”, “Hansel und Gretel”, “Il Trovatore”, “La Cenerentola”, “La Traviata”, “Lucia di Lammermoor”, “Lulu”, “Rusalka e Otello”. De 2003 a 2006 foi regente titular da Ópera Estatal de Berlim, frente à qual regeu o “Staatskapelle Berlin” em mais de 60 apresentações (entre elas “Without words”, “Swan Lake” e “Ein Lindentraum”).

Felix Krieger vem atuando como regente em concertos com variadas orquestras alemãs e internacionais. Entre os muitos grupos que regeu estão a Athens State Symphony Orchestra, BBC Scotti sh Symphony Orchestra, Bochumer Symphoniker, Bucharest Philharmonic.

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