Ter, 20/12/11 - 20h00
Fatec Tatuí dá destinação sustentável a equipamentos eletrônicos
Unidade reaproveita componentes eletrônicos dos Caça-níqueis apreendidos pela Justiça
O que fazer com as máquinas de caça-níqueis apreendidas pela Justiça por se tratar de exploração de atividade ilegal? A solução mais comum era armazenar durante o processo judicial e depois destruir os equipamentos. Inconformado com o desperdício de recurso material, o juiz Marcelo Nalesso Salmaso, da Vara do Juizado Especial Cível e Criminal de Tatuí, foi à Fatec da região à procura de sugestão de aproveitamento.
Osvaldo Rosica, gestor de Tecnologia da Informação da Fatec de Tatuí, diz que a instituição "abriu os braços à oportunidade de receber equipamentos doados. Foi um momento ímpar para a faculdade porque sabíamos que as máquinas eram ricas em componentes reaproveitáveis. Além disso, não tínhamos verba específica para a compra desses materiais usados em pesquisas". A parceria entre a Fatec e o Pode Judiciário começou em 2008 e não tem prazo de finalização.
Coordenador do projeto de reaproveitamento de máquina caça-níquel e de computador, Rosica diz que as primeiras levas chegaram em condições precárias por conta do armazenamento inadequado, tempo sem uso e falta de peças. Ainda assim foram úteis aos alunos dos cursos de Tecnologia da Informação, Manutenção e Automação Industrial e Gestão Empresarial. "Começamos com trabalho bem humilde de desmontar as peças dos caça-níqueis e de recuperar computadores usados nos bingos".
Protótipos - Maria Otília Garcia Tomazela, assistente técnica de direção da Fatec, diz haver controle rigoroso das doações e usos dos materiais. Pelos registros, a Fatec recebeu 1,6 mil máquinas vindas das comarcas de Tatutí, Mauá, Poá, valinhos, Campinas, Sorocaba, Vinhedo, Tietê, Registro, Salto, entre outras. Os componentes serviram para desenvolver pelo menos 40 protótipos que foram apresentados em simpósios de tecnologia. Sem a doação, não haveria como fabricá-los. Também graças ao projeto estudantes conseguiram abrir duas incubadoras de empresas.
Hoje, há inúmeros projetos sociais desenvolvidos com a desmontagem dos caça-níqueis, como a chocadeira de ovos, telas de comunicação interna instaladas na Fatec e laboratório de hardware. Os alunos exercem trabalho solidário também: recuperam equipamentos de informática e doam para instituições assistenciais ou para montar sala de inclusão digital, explica o coordenador. Ainda fazem manutenção, montam totens e terminais de consulta pública com acesso à internet e fornecem peças para instituições públicas como fórum, prefeitura e Câmara, informa Maria Otília.
Está em andamento projeto destinado a uma garota de 14 anos que consegue mexer apenas o dedão do pé como o talentoso artista plástico e poeta irlandês Christy Brown. Com expertise em conhecimentos tecnológicos, a menina usa o dedão com maestria para aprofundar o assunto, enquanto Brown segurava o pincel com o pé esquerdo para pintar obras primas. O software do protótipo está pronto e o hardware - com peças dos caça-níqueis - em finalização.
Lixo eletrônico - Agora Rosica está ocupado, também, com a sobra de material após o reaproveitamento, o lixo eletrônico. "Se um monitor GVA for descartado de forma errônea contaminará o lençol freático ao lançar três quilos de chumbo. Se for de LCD, liberará índio, substância ainda mais danosa". Atualmente os coordenadores do proejto estudam a possibilidade de parcerias com empresas de reciclagem que fariam a destinação correta.
Da Agência Imprensa Oficial
Fatec Tatuí dá destinação sustentável a equipamentos eletrônicos
Unidade reaproveita componentes eletrônicos dos Caça-níqueis apreendidos pela Justiça
O que fazer com as máquinas de caça-níqueis apreendidas pela Justiça por se tratar de exploração de atividade ilegal? A solução mais comum era armazenar durante o processo judicial e depois destruir os equipamentos. Inconformado com o desperdício de recurso material, o juiz Marcelo Nalesso Salmaso, da Vara do Juizado Especial Cível e Criminal de Tatuí, foi à Fatec da região à procura de sugestão de aproveitamento.
Osvaldo Rosica, gestor de Tecnologia da Informação da Fatec de Tatuí, diz que a instituição "abriu os braços à oportunidade de receber equipamentos doados. Foi um momento ímpar para a faculdade porque sabíamos que as máquinas eram ricas em componentes reaproveitáveis. Além disso, não tínhamos verba específica para a compra desses materiais usados em pesquisas". A parceria entre a Fatec e o Pode Judiciário começou em 2008 e não tem prazo de finalização.
Coordenador do projeto de reaproveitamento de máquina caça-níquel e de computador, Rosica diz que as primeiras levas chegaram em condições precárias por conta do armazenamento inadequado, tempo sem uso e falta de peças. Ainda assim foram úteis aos alunos dos cursos de Tecnologia da Informação, Manutenção e Automação Industrial e Gestão Empresarial. "Começamos com trabalho bem humilde de desmontar as peças dos caça-níqueis e de recuperar computadores usados nos bingos".
Protótipos - Maria Otília Garcia Tomazela, assistente técnica de direção da Fatec, diz haver controle rigoroso das doações e usos dos materiais. Pelos registros, a Fatec recebeu 1,6 mil máquinas vindas das comarcas de Tatutí, Mauá, Poá, valinhos, Campinas, Sorocaba, Vinhedo, Tietê, Registro, Salto, entre outras. Os componentes serviram para desenvolver pelo menos 40 protótipos que foram apresentados em simpósios de tecnologia. Sem a doação, não haveria como fabricá-los. Também graças ao projeto estudantes conseguiram abrir duas incubadoras de empresas.
Hoje, há inúmeros projetos sociais desenvolvidos com a desmontagem dos caça-níqueis, como a chocadeira de ovos, telas de comunicação interna instaladas na Fatec e laboratório de hardware. Os alunos exercem trabalho solidário também: recuperam equipamentos de informática e doam para instituições assistenciais ou para montar sala de inclusão digital, explica o coordenador. Ainda fazem manutenção, montam totens e terminais de consulta pública com acesso à internet e fornecem peças para instituições públicas como fórum, prefeitura e Câmara, informa Maria Otília.
Está em andamento projeto destinado a uma garota de 14 anos que consegue mexer apenas o dedão do pé como o talentoso artista plástico e poeta irlandês Christy Brown. Com expertise em conhecimentos tecnológicos, a menina usa o dedão com maestria para aprofundar o assunto, enquanto Brown segurava o pincel com o pé esquerdo para pintar obras primas. O software do protótipo está pronto e o hardware - com peças dos caça-níqueis - em finalização.
Lixo eletrônico - Agora Rosica está ocupado, também, com a sobra de material após o reaproveitamento, o lixo eletrônico. "Se um monitor GVA for descartado de forma errônea contaminará o lençol freático ao lançar três quilos de chumbo. Se for de LCD, liberará índio, substância ainda mais danosa". Atualmente os coordenadores do proejto estudam a possibilidade de parcerias com empresas de reciclagem que fariam a destinação correta.
Da Agência Imprensa Oficial
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