Tatuí, o segundo maior pólo ceramista do país, já conta com uma Estação Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar. A mais nova unidade integrada à rede telemétrica de monitoramento da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - Cetesb entrou em operação na quinta-feira, dia 7, instalada nas dependências da Escola Técnica Dr. Gualter Nunes, mantida pela Prefeitura de Tatuí, através da Fundação Educacional Manoel Guedes.A estação medirá as concentrações de ozônio, óxidos de nitrogênio e partículas inaláveis, além de alguns parâmetros meteorológicos, como umidade relativa do ar, temperatura, direção e velocidade dos ventos, radiação solar global e UV (ultravioleta), e pressão atmosférica.
Segundo Maria Helena Martins, gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Cetesb, a estação é fruto do processo de licenciamento ambiental da empresa multinacional de vidros Guardian, instalada no município."Até o final do ano, pretendemos inaugurar outras cinco novas estações, ampliando a nossa rede de monitoramento no Estado", afirmou o presidente da Cetesb, Otávio Okano, durante a entrega da nova unidade automática. Luiz Gonzaga Vieira de Camargo, prefeito de Tatuí, mostrou-se entusiasmado com a escolha do município para a instalação da segunda estação de monitoramento em funcionamento na região (Sorocaba também conta com uma unidade) e anunciou que pretende ampliar ainda mais a parceria com a agência ambiental. Tatuí também já assinou convênio com a Cetesb, municipalizando o licenciamento ambiental. A cidade é a 18ª do interior paulista a possuir uma estação automática de monitoramento da qualidade do ar, incorporando-se à rede de 41 estações da Cetesb no Estado. Destas, 20 estações estão instaladas na Região Metropolitana de São Paulo e três em Cubatão.
Como funciona
Como funciona
Existem sensores instalados no topo da estação, que captam amostras de partículas do ar. Nos medidores, um feixe de luz atravessa a amostra. Essa luz realça as partículas em suspensão no ar e permite a identificação de tudo que está contido nele. A amostra é então comparada com gases puros segundo o padrão da Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos. "As análises dos poluentes na atmosfera são de pequenas partículas", explica Maria Lúcia Guardani, Gerente do Setor de Telemetria da Cetesb. Os níveis de ozônio, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e outros poluentes presentes no ar aparecem em visores. É tudo bastante rápido. O ambiente funciona com a temperatura controlada e os equipamentos funcionando 24 horas, nos 7 dias por semana, os dados coletados nas 40 estações são transferidos via linha telefônica para os computadores da Central. Os resultados dos monitoramentos são acompanhados de hora em hora. Os dados são processados com base em médias padrão e também nas previsões meteorológicas, uma vez que a poluição do ar está diretamente ligada às condições climáticas. Para cada poluente medido é calculado um índice. Por meio do índice obtido o ar recebe uma qualificação, que é uma espécie de nota. Para efeito de divulgação utiliza-se o índice mais elevado, isto é, a qualidade do ar de uma estação é determinada pelo pior caso. Os resultados são disponibilizados a cada hora na internet e em um boletim diário, elaborado às 16h, que apresenta a situação das últimas 24h. Esses índices podem ser conferidos no site da Cetesb, no endereço www.cetesb.sp.gov.br.
Fotos: Pedro Calado / Cetesb
Fotos: Pedro Calado / Cetesb
Nenhum comentário:
Postar um comentário