domingo, 6 de março de 2011

artigos>>> CASTELO BRANCO - UMA TORTURA

Jorge da Cunha Lima
Portal IG -Blog de Jorge Cunha Lima

A melhor rodovia do Brasil, a Castelo Branco, se transformou numa tortura semanal, para quem sai e para quem entra em São Paulo. Nos grandes feriados, como este do Carnaval, se transformou num filme de horror, quase cômico. Experimentei um tempo de duas horas para chegar até o km 26, em Alphaville. E há milhares de pessoas que moram lá. No retorno para São Paulo reparei que o congestionamento chegava ao km 46. Mas esse já é um problema crônico, pois a estrada desemboca em dois congestionamentos clássicos: a Marginal do Pinheiros e a Marginal do Tietê. A novidade é que o acesso ao Rodoanel também estava congestionado. Da mesma forma que as enchentes são atribuídas a São Pedro, também podemos debitar os congestionamentos ao excesso de carros. Isso, como se ninguém fosse culpado pelo excesso de carros. Todas as ferrovias que levavam à Sorocaba, Itú, Tatuí etc, foram fechadas burramente. Restou o carro.

Contudo, o congestionamento até Alphaville constitui um erro técnico primário, agravado pelo excesso de veículos em certos períodos. Vejamos. A Expressa e a Via Normal foram igualadas democraticamente, com a introdução do pedágio nas duas. Para cobrar esse pedágio foi criado um espaço monumental com dezenas de cabines. Como logo após essas cabines só há três vias em cada uma, Expressa e Normal, tudo se afunila aritmeticamente. O afunilamento gera um congestionamento monumental tornando inútil a existência de dezenas de pedágios, pois não se pode ultrapassá-los, nem mesmo no Sem Parar, pois não se ultrapassa o que está parado.

Pedágio é uma coisa boa. A estrada está linda e conservada. Mas, se a estrada precisa uma praça com dezenas de pedágios naquele ponto, não há como não se criar pistas novas de acesso a Alphaville e, até mais adiante, quando a Castelo Branco começa a absorver o tráfego. Isso é obvio, mas deveria ter sido feito antes da praça. Agora só interessa a arrecadação e a tortura dos fins de semana, de alguns, e permanente dos que por ali habitam.

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