Em operação da Polícia Civil, no dia 4 de novembro, foi preso Reinaldo Galvão Mota, 30, acusado de rapto de uma menina de 13 anos, que seria sua namorada. No dia 12 de agosto, a menina teria sido raptada pelo namorado, no bairro Tomaz Guedes, porque a família não permitiria o namoro dos dois.
“Raptar é sequestrar com fins libidinosos”, explicou José Alexandre Garcia Andreucci, delegado titular do município. A mãe da menor registrou boletim de ocorrências por rapto e a prisão temporária de Mota já estava decretada, de acordo com a polícia, mas o casal ainda estava desaparecido. Enquanto a menina ficou sumida, ligava para a mãe frequentemente.
Depois de realizar rastreamento do celular da menor, a Polícia Civil descobriu que as ligações vinham do bairro Duzitel, próximo ao rio Tatuí. “O bairro é muito longe, fica a cerca de cinco quilômetros de qualquer via asfáltica. É no meio do mato”, descreveu Andreucci.
A menina era mantida em uma cabana, sem água, eletricidade e sem as menores condições de higiene. Além disso, também chegou a sofrer agressões pelo corpo, com uma faca, depois de uma briga entre o casal. “Houve ferimentos por todo o corpo e uma grave lesão na mão da menina”, afirmou o delegado. Mota também manteria a namorada em cárcere privado na cabana.
A Polícia Civil realizou incursão no dia 20 de outubro dentro do bairro Duzitel. “Os policiais, depois de andarem cinco quilômetros no meio do mato, na beira do rio, acabaram se deparando com um homem”, contou o delegado. Como os policiais não tinham certeza sobre quem seria o sequestrador, o homem acabou fugindo. Entrando um pouco mais na mata, os policiais encontraram uma cabana “indígena”, na qual a menina estava chorando.
Em seguida, a menor foi levada para a delegacia e recebeu tratamento. “Ela passou por assistentes sociais, psicólogas, tratamento médico”, conta Andreucci. Registrou-se, então, mais um boletim de ocorrência contra Mota, desta vez por tentativa de homicídio e cárcere privado.
Após o resgate da menina na cabana, o namorado também voltou para a casa de seus familiares. “Sozinho no mato, ele não quis ficar também”, conta o delegado Andreucci. Operações da polícia foram realizadas no bairro dos familiares de Mota até que o acusado fosse preso. A voz de prisão foi dada pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e a prisão, feita pela Polícia Civil.
Do jornal O Progresso de Tatuí, edição 5468, de 07.11.2010
foto: Polícia Civil
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