Em Tatuí, acompanhamos a produção da Tubaína Vieira. Com gostinho de infância, a bebida tem até bar especializado em São Paulo
Portal IG
A peruana Verônica Goyzueta formou-se jornalista na Universidade de Brasília. Depois, se mudou para São Paulo e trabalhou como correspondente para jornais da Espanha e do Reino Unido. “Fui ficando, me apegando à cidade. Gosto muito de São Paulo", justifica. Paralelamente ao trabalho, em julho de 2009, Verônica abriu na capital paulista, na região do Baixo Augusta, o Tubaína Bar, endereço temático que comercializa 24 tipos de tubaínas, trazidas principalmente do interior do estado. De fora, só a maranhense Guaraná Jesus e a peruana Inca Kola.
A carta traz ainda quinze drinques à base da bebida. O conceito da casa tenta resgatar a tradição do interior paulista, tanto nas bebidas quanto nas comidinhas que são servidas para acompanhar as tubaínas. Sócia na empreitada, Sol Caldeira é a responsável pela cozinha. “A freguesia é variada: executivos da Avenida Paulista, cinéfilos, baladeiros do Baixo Augusta, nostálgicos e gente do interior que vive na capital. Todos têm uma identificação com o refrigerante”, reforça Verônica. Desses clientes, ela costuma ouvir histórias, lembranças de festas de família, de carnavais.
O bar foi o local escolhido para a última degustação às cegas de tubaína promovida pela revistaPrazeres da Mesa, publicada na edição junho. Como critério, as candidatas deveriam ser paulistas, consumidas dentro do estado de São Paulo e conter guaraná e xarope de tuti-fruti. Foram analisados o buquê, o gás, o açúcar e o sabor que, quase como o vinho, se “revela” enquanto a bebida está sendo provada.
O bar foi o local escolhido para a última degustação às cegas de tubaína promovida pela revistaPrazeres da Mesa, publicada na edição junho. Como critério, as candidatas deveriam ser paulistas, consumidas dentro do estado de São Paulo e conter guaraná e xarope de tuti-fruti. Foram analisados o buquê, o gás, o açúcar e o sabor que, quase como o vinho, se “revela” enquanto a bebida está sendo provada.
No balanço final, a Etubaína Orlando, de Ribeirão Preto, e a Cotuba, de São José do Rio Preto, empataram e dividiram o primeiro lugar. O segundo ficou com a Tubaína Vieira, produzida em Tatuí. Na pontuação, que ia de zero a quarenta, ela ganhou nota 34. Foi considerada gostosa: com boa quantidade de gás e doce como uma bala, mas, na medida certa de açúcar.
O iG Comida foi até Tatuí conferir os segredos da Tubaína Vieira, embora os proprietários escondam a sete chaves os ingredientes e medidas da sua composição. “É uma receita familiar e cinquentenária, passada de pai para filho, com o correto processamento de cada um dos ingredientes, aplicados em doses e sequências exatas. Nada mais posso dizer”, conta enigmático Fábio Rodrigues Alves Neto, sócio-proprietário da empresa familiar, que produz 2 milhões de litros de refrigerantes por mês. São seis sabores: tuti-fruti (carro-chefe), guaraná, abacaxi, soda limonada, laranja e cola.
Foto: Rita Grimm
Na fábrica, garrafas de vidro são conferidas uma a uma
“É um refrigerante composto por essências e com uma porcentagem de guaraná”, explica Ciro Rodrigues Alves Filho, um dos sócios da empresa e pai de Fábio. Para se ter uma ideia, a produção de tubaína no Brasil abraça 30% do mercado de refrigerantes no país. Não é pouco. No quesito vendas, a empresa assume o primeiro posto entre os produtores da região e o segundo nas outras regiões onde é comercializada.
Os produtos podem ser encontrados em São Paulo, no sul e sudoeste do estado e também no norte do Paraná. A empresa comercializa o refriferante em garrafas de vidro de 600 mililitros e nas do tipo pet, com litragem variada. As de vidro passam por um processo de limpeza e higienização relativamente longo (cerca de uma hora), feito com detergentes especiais e produtos químicos adequados, combinados com água em diversas temperaturas. Depois disso, as garrafas são examinadas uma a uma. O engarrafamento é padrão e também automatizado para os dois tipos de embalagens. A garrafa entra vazia de um lado e sai cheia e tampada do outro, sem contato com o operador. E seguem para a inspeção pós-envase, novamente uma a uma.
Foto: Rita Grimm
Ambiente do Tubaína Bar, em São Paulo, que vende 24 rótulos da bebida
Drinques com tubaína
Os bartenders Alex Sena e Isis Moucdcy, do Tubaína Bar, prepararam para essa reportagem dois drinques à base do refrigerante. São fáceis de fazer, bem leves e refrescantes. No bar, custam 15 reais cada. Anote as receitas.
Os bartenders Alex Sena e Isis Moucdcy, do Tubaína Bar, prepararam para essa reportagem dois drinques à base do refrigerante. São fáceis de fazer, bem leves e refrescantes. No bar, custam 15 reais cada. Anote as receitas.
Foto: Rita Grimm
Drinques com tubaína: de sabor abacaxi, decorado com kiwi, e de laranja
Tubaína abacaxi
Ingredientes
1 ½ dose de cachaça
6 pedaços de abacaxi macerados
10ml de xarope de açúcar
Tubaína de abacaxi a gosto
1 fatia de kiwi para decorar
Modo de preparo
Bata todos os ingredientes em uma coqueteleira, exceto a tubaína de abacaxi. Despeje a mistura em um copo com duas pedras de gelo e complete com a tubaína. Enfeite com a rodela de kiwi.
Tubaína laranja
Ingredientes
30ml de xarope de açúcar (1 litro de água + 1kg de açúcar, fogo alto até engrossar)
1 dose de cachaça
70ml de tubaína sabor laranja
30ml de xarope ou licor de maçã verde
1 rodela de laranja para decorar
Modo de preparo
O drinque é montado no copo, em camadas, na seguinte seqüência: xarope de açúcar, cachaça, tubaína de laranja, xarope de maçã verde e, por último, a rodela de laranja para enfeitar.
Serviço
Indústria e Comércio de Bebidas Vieira & Rossi Ltda
Rua Onze de Agosto, 3287, Tatuí, São Paulo, (15) 3205-7700
Tubaína Bar
Rua Haddock Lobo, 74, São Paulo, (11) 3129 4930
Um comentário:
A melhor tubaína do Brasil!
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