“Harpeando”. Este é o nome do recital inédito que reunirá exclusivamente harpistas na noite do próximo domingo, 19, no teatro do Conservatório de Tatuí. A apresentação, coordenada pela professora Talita Martins, acontecerá a partir das 20h30, com entrada franca.
O recital de alunos de harpa do Conservatório de Tatuí contará com participação de duos, trios e quarteto. Esta é a primeira vez que a escola de música recebe um recital do gênero em sua história.
A primeira parte do programa contará com apresentação das obras “Galaway Piper” (do folclore irlandês), “Russian Folk Song” (de Beethoven), “Summertime” (de Gerswhin), entre outras, pelos alunos Luisa Caldera Herrera, Gabriele de Oliveira Nunes, Kauan Calaça Vieira, Eduarda Maria Papts Miranda e Styveen Azzola, além da professora Talita Martins. A segunda parte do concerto terá participação do “Harp Ensemble”, formado por Maini Faria Moreno, Styveen Azzola, Giovana Sanches Martins e Sarah Viana Lyall, que executam as obras “Eleanor and Marcia Duet”, “Traditional Bolivian Dance”, “Humoresque” e “La Ragazza”.
O Conservatório de Tatuí é uma das poucas instituições do país que oferece o curso de harpa, instrumento que, junto com a flauta, é um dos mais antigos de que se tem notícia. A harpa teria se originado dos arcos de caça que faziam barulho ao roçarem na corda. Tem-se conhecimento através de fábulas épicas, poesias e trabalhos de arte, que as harpas existiam séculos antes de Cristo, na Babilônia e Mesopotâmia. Foram encontrados desenhos de harpas na tumba do Faraó Egípcio Ramsés III (1198-1166 a.C.), em esculturas da Grécia antiga e em cavernas do Iraque que datam desde 2900 a.C.
Durante o século VIII, a harpa viajou do norte da África até a Espanha e rapidamente se espalhou pela Europa. Em torno de 1720 foi inventada a harpa com pedais, um desenvolvimento muito importante para o instrumento. Acredita-se que tenha sido inventada por Celestin Hochbrücker, tendo sido aperfeiçoada mais tarde pelo francês Érard em 1810.
A professora Talita Martins, que leciona no Conservatório de Tatuí, iniciou seus estudos ao piano aos cinco anos e, aos 17, na Harpa Sinfônica, na Escola Municipal de Música de São Paulo e Escola Superior de Música das Faculdades Integradas Cantareira. Premiada em vários concursos, apresenta-se freqüentemente como correpetidora, camerista e solista nas principais salas de concerto do país e exterior. Neste ano, foi organizadora artística e coordenadora da I Conferência Internacional de Harpistas “Lyon & Healy” e I Concurso Latino-Americano de Harpas “Lyon & Healy”, realizado em Jaraguá do Sul (SC) pelo Femusc (Festival de Música de Santa Catarina).
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