Do jornal O Progresso de Tatuí
“É um grande projeto de inclusão digital que vai dar um alcance muito grande”, afirmou o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico e Habitacional , Sérgio Antonio Galvão, sobre o projeto “Acessa Tatuí”, resultado de convênio com o Ministério das Comunicações. Serão quatro salas equipadas com computadores, que tem previsão de implantação para dezembro, nas vilas Angélica, Esperança, Dr. Laurindo e Jardim Santa Rita de Cássia.
De acordo com Galvão, o projeto - com investimento de R$ 165 mil - complementa as duas unidades já existentes no município: o Telecentro (projeto federal), anexo ao Centro de Capacitação do Conjunto Residencial Orlando Lisboa de Almeida (CDHU), e o Acessa SP (projeto estadual), anexo à Biblioteca Municipal “Brigadeiro Jordão”. “Nós devemos ter uma verba de R$ 150 mil do governo federal mais R$ 15 mil de contrapartida do município. Com esse valor, vamos conseguir implementar estas quatro unidades”, contou.
A construção das salas, segundo ele, tem objetivo de não apenas oferecer acesso à internet, mas também cursos de informática para capacitação. “A inclusão digital é buscar aquele que não tem realmente recurso e acesso. Faremos essas salas com a possibilidade de oferecer cursos, além de haver períodos de acesso livre”.
Cada sala implantada terá 11 computadores, sendo dez para uso público e um destinado ao gestor; um projetor data show, para facilitar os cursos de informática (Excel, Word, Power Point); um servidor e mobiliário “completo”. “Assim, buscaremos mais pessoas e apresentaremos a elas o computador, que vai lhes abrir um mundo novo, com ferramenta de acesso à internet e tudo o mais”, argumenta Galvão.
Os quatro bairros onde o projeto será implantado – vila Angélica, vila Esperança, Jardim Santa Rita de Cássia e vila Dr. Laurindo - foram escolhidos devido à localização geográfica. “Queremos cobrir todo o espaço da cidade. Você constituir um pólo dentro da região acaba proporcionando um centro de convivência, principalmente onde já existe o centro de capacitação. Os moradores dos bairros já vão até lá fazer curso de corte e costura. Então, essas coisas se complementam. A internet será uma ferramenta que vai somar. Por isso que o modelo junto com o centro de capacitação tem sido vitorioso”.
Quanto ao provedor que irá possibilitar o acesso à internet, Galvão explica que é de responsabilidade do município. “ Nós vamos ver no momento qual será o melhor modelo, se contrataremos um serviço particular, ou se usaremos algum link com a Prodesp, como já temos no Acessa SP e na própria Prefeitura”, esclareceu, acrescentando que “a cada modelo, por causa da localização, terá que ser avaliada a ligação mais propícia”.
O secretário de planejamento diz que, nas vilas Angélica e Esperança, os locais para implantação do projeto já estão prontos. No entanto, após o término das eleições, a aquisição das máquinas será feita. “O convênio foi colocado e todo nosso material está em análise, mas nesse período da vedação eleitoral não pode haver transferência de valores. Depois disso, esperamos já receber os valores para poder fazer a aquisição das máquinas, do mobiliário, e colocar nos locais”.
Conforme explica, os funcionários que atuarão em cada sala do “Acessa Tatuí” deverão ser contratados pela Prefeitura. “Como o número de funcionários é pequeno, muitas vezes, a gente consegue alocar internamente. Se nós não tivermos disponibilidade, aí, sim, vamos lançar concurso público. Vai ter que ser visto na época”.
Ele afirma que a parceria com os centros de capacitação do Fundo Social de Solidariedade (Fusstat) poderá facilitar na contratação dos funcionários. “Podemos direcionar os professores do curso de informática desses centros. Em termos de mão-de-obra, não requer aumento nas contratações. Serão dois atendentes em cada centro”.
A previsão é de que o projeto funcione das 8h às 21h. “A ideia é justamente oferecer a possibilidade de acesso às pessoas que trabalham durante o dia”, finaliza.
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